Este artigo é sobre Tecnologia

Design Thinking

Fernando Frazão

Analista de Inovação Jr

Publicado em
23 de Outubro de 2020

Conheça todos os detalhes sobre o Design Thinking nas empresas.

O termo significa, traduzido ao pé da letra, “pensamento do design” ou "pensar como designer", que vai além da estética de produtos ou serviços. Apesar de relacionarmos o nome a esses conceitos, nesse contexto, ele tem um viés muito mais abrangente, ele relaciona-se diretamente com inovação.

O nome já determina: é um aspecto de abordagem tomada no design que é adequada as empresas e corporações. O Design Thinking tem como intuito o bem-estar na vida das pessoas e na nova cultura de trabalho.

Na prática, Design Thinking é uma abordagem que ajuda na melhoria de nossas condições intelectuais e nos incentiva a solucionarmos problemas com novas concepções. Também se enquadra em encontrar explicações e dar feedbacks, posicionando sempre as pessoas no centro das soluções e incluindo-as em todo o processo, desde a compreensão até a entrega final.

Sendo assim, podemos definir Design Thinking como uma abordagem estruturada de inovação, tendo o ser humano como base e também a procura para gerar soluções que fomentam as necessidades do usuário consumidor na criação de valor para o negócio.

O Design Thinking é entendido como um processo conjunto dividido em seis partes:

1. Empatia

Enxergar um problema através do ponto de vista de quem tem experiência e entender o que é preciso, desenvolvendo resultados eficientes.

2.Definir

Depois de ter empatia e compreender o que seu cliente precisa, é hora de definir qual é o obstáculo e no que é preciso focar para gerar ou resolver no projeto.

3.Idear

Idear é popular. Fazer um brainstormings, colocar as ideias em post-its, para que no final seja possível escolher uma das alternativas que gere as melhores ideias e resultados.

4.Prototipar

É fundamental compreender o real propósito de um protótipo. É preciso pegar as ideias colocadas nos post-its e testar as hipóteses para prever os resultados. Tudo que foi feito nessa etapa é adaptado para gerar melhorias.

5.Testar

Essa é a peça principal do processo, já que previmos os resultados na etapa de protótipo. É preciso experimentar, aprender e ouvir os usuários. Serão os testes que trarão feedbacks assertivos para uma tomada de decisão precisa.

6.Implementar

Aqui vamos pôr em pratica o produto e serviço final. Ou seja, a implementação torna-se a etapa mais importante e também a mais difícil, porque nesse momento muitos processos serão iniciados e a empresa deverá estar mais que preparada para isso. Vale ressaltar que essa etapa é onde vários projetos tende a falhar. Sendo assim, antes de começar qualquer projeto de inovação, sempre é bom ter em mente que há necessidade de uma boa equipe para que ela desenvolva possíveis ideias que incluam todas as etapas explicadas, com o propósito de alcançar o melhor resultado de inovação.

Vantagens do Design Thinking

Custo & Benefício
Não existe nenhum custo para a empresa. O custo que talvez exista é o de transformar a cultura organizacional para adotar bons hábitos no Design Thinking.

Influência à empatia
Ter a compreensão e se identificar com o sentimento do próximo: essa é uma das grandes vantagens para as empresas.

Influência à criatividade
A criatividade é uma das chaves para explicações imprevisíveis e é completamente eficaz.

Influência à Cultura
O Design Thinking requer uma cultura organizacional compreensível, diferente e engajada com sua rotina e costumes.

Design Thinking e o Marketing

Podemos usar o design thinking junto com o marketing na hora de incentivar os colaboradores na busca pela perfeição, principalmente na elaboração de estratégias com os clientes — através de temas emocionais, estéticos e cognitivos (como a empatia na compreensão e identificação de soluções).
Geralmente isso acontece porque design thinking e marketing estão direcionados a compreender e atender o público de forma mais próxima, apontando seus propósitos, anseios, necessidades e possibilidades, oferecendo experiências sempre personalizadas. O propósito é gerar soluções que possam ajudar a empresa e diferenciá-la no mercado, especialmente pela a inovação de serviços e produtos. Desta maneira, conseguimos atender com qualidade até os públicos mais exigentes.

Unindo estratégias: design thinking e marketing

Temos várias maneiras de unir essas estratégias como por exemplos:

Criação de Conteúdo

Hoje em dia, devido a quarentena, o consumo de conteúdo aumentou exponencialmente em mídias como redes sociais, blog post, Youtube, entre outros. Mas para que a comunicação seja dada com clareza e atinja o público certo, precisamos abordar as seguintes questões:

·      Qual é seu público-alvo?

·      Qual tipo de comunicação é a mais apropriada?

·      Qual a mídia mais utilizada?

Nesse momento o design thinking e o marketing atuam juntos para tirar insights que atendam entender o público-alvo e suas características.

Criação de novos produtos e serviços

O design thinking ajuda a identificar inovações e diferenciar produtos e serviços de maneira que a sua empresa possa se destacar dos concorrentes. Para que aconteça, as equipes precisaram desenvolver projetos que gerem novas soluções ou proporcionem novas melhorias, que sejam relevantes e diferentes das que já existe no portfólio.

Criação de projetos para clientes

Quando criamos ou elaboramos projetos para nossos clientes, pedimos para que eles definam os principais aspectos, imposições e propósitos da empresa, dessa forma disponibilizaremos um escopo pronto.

Cabe ao design thinking compreender todos os pontos ligados ao cliente, através de um serviço inovador e distinto. Assim geramos valor aos nossos clientes.

Através de temas emocionais, estéticos e cognitivos, faremos um trabalho de imersão no cliente. Ou seja, por meio da empatia é que identificamos as seguintes questões:

·      As dores (problemas)

·      Os propósitos  

·      As expectativas

·      As necessidades

Sendo assim, com aplicações técnicas, ferramentas e métodos, fica mais simples oferecer soluções de. A probabilidade de concluirmos os projetos com eficiências e garantindo a satisfação são ainda maiores.

Para finalizar, cabe destacar um trecho do livro “Design Thinkin” de Tim Brown, sobre essa abordagem tão atual e importante para as empresas:

“No final, essa capacidade é o que distingue a mera equipe multidisciplinar de uma verdadeiramente interdisciplinar. Em uma equipe multidisciplinar, cada pessoa defende a própria especialidade técnica e o projeto se transforma em uma prolongada negociação entre os membros da equipe, provavelmente resultando em concessões a contragosto. Em uma equipe interdisciplinar, todos se sentem donos das ideias e assumem a responsabilidade por elas [..] Para ser criativo, um lugar não precisa ser maluco, excêntrico e localizado no norte da Califórnia. O pré-requisito é um ambiente – social e espacial – em que as pessoas saibam que podem fazer experimentos, assumir riscos e explorar todas as suas aptidões [..] Uma cultura que acredita que é melhor pedir perdão depois, em vez de permissão antes, que recompensa as pessoas pelo sucesso, mas lhes dá permissão para falhar, removeu um dos principais obstáculos à geração de novas ideias” (BROWN, 2010, p. 26, 30, 31)

 

 

 

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