Este artigo é sobre Tecnologia
Entenda como as empresas do ramo financeiro devem garantir a segurança dos usuários do novo sistema
O mercado financeiro global está em constante transformação. Mas as mudanças que vêm acontecendo nas operações nos últimos anos podem ser vistas como verdadeiras revoluções que afetam todo o cenário e as regras desse segmento.
Hoje, é absolutamente tudo sobre dados. E o surgimento do sistema Open Banking em meados de 2016, na Europa, só confirma essa nova tendência.
Aqui no Brasil, o Banco Central começou a implementação do sistema no início de 2021. E as mudanças não pararam por aí: o conceito evoluiu para um sistema que abrange muito mais do que apenas os bancos.
Diante desse cenário, o impacto se dá não apenas no modo como as instituições desenvolvem seus serviços e ofertas, mas também no desenvolvimento tecnológico necessário para que tudo isso aconteça de forma ágil e segura.
Neste artigo, você vai entender a diferença entre Open Banking e Open Finance, quais são os benefícios para as empresas e para os usuários e quais são os desafios que envolvem segurança digital e proteção de dados.
Fique conosco!
O Open Finance nada mais é do que uma ampliação do Open Banking. Um sistema financeiro aberto, gratuito e seguro para o compartilhamento de dados que, além de funcionar para bancos, inclui também todo o ecossistema financeiro, como corretoras, seguradoras, companhias de câmbio, e fundos de previdência.
Assim, o Open Finance contempla processos de Open Banking, Open Insurance, dentre outros.
O objetivo é democratizar diversos tipos de produtos financeiros, para que as empresas possam compartilhar as informações entre elas e o cliente ter o direito de escolher qual instituição oferece as melhores condições para cada serviço.
Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Open Finance é um projeto que democratiza a indústria de dados, permitindo o crescimento da economia.
Na prática, o Open Finance irá muito além dos bancos. O modelo funciona como uma espécie de rede de dados entre instituições financeiras, que com o aval do usuário, pode evoluir para uma integração de toda a cadeia de produtos e serviços, tal como varejo e bens de consumo.
Nesse contexto, o Open Finance traz diversos benefícios tanto para o usuário quanto para as empresas. Confira abaixo alguns deles:
Os usuários do Open Finance têm acesso a serviços financeiros e informações sobre seu histórico de finanças através de uma interface intuitiva e fácil de usar.
Permite que os usuários acessem e compreendam completamente seus dados financeiros, fornecendo relatórios e gráficos detalhados.
O Open Finance fornece aos usuários ferramentas para automatizar processos financeiros, reduzindo a necessidade de monitoramento diário.
Os usuários podem ter acesso a produtos financeiros de baixo custo, como empréstimos e investimentos, que são mais baratos do que os oferecidos pelos bancos tradicionais.
O Open Finance permite que as empresas gerenciem seus processos financeiros de maneira mais eficiente. Isso significa que elas podem reduzir os custos operacionais, acelerar a tomada de decisões e obter maior controle sobre seus gastos.
Permite que as empresas acessem dados financeiros mais precisos e atualizados, o que aumenta a transparência entre elas e seus clientes. Isso ajuda a estabelecer relacionamentos de longo prazo.
O sistema permite que as empresas acessem novos mercados, como aqueles relacionados às criptomoedas e finanças descentralizadas. Isso significa que elas podem expandir seus negócios para além do tradicional mercado financeiro.
As empresas passam a ter acesso a uma variedade de serviços financeiros, incluindo pagamentos, empréstimos e investimentos. Isso significa que elas podem explorar outras fontes de financiamento e obter melhores taxas de juros.
A segurança no sistema Open Finance é um dos maiores desafios para a indústria. Com a adoção crescente de novas tecnologias, como blockchain e sistemas de inteligência artificial, as instituições financeiras estão expostas a uma série de ameaças de segurança.
Dados da Checkpoint Research mostram que a média de ataques cibernéticos no Brasil no segundo trimestre de 2022 teve aumento de 46%.
Por isso, os novos sistemas exigem novas estratégias de segurança, pois os usuários podem acessar os sistemas a partir de qualquer lugar, a qualquer hora e a partir de qualquer dispositivo.
Além disso, os usuários móveis também representam desafios. As instituições precisam ter certeza de que os dados dos usuários e os fundos que estão sendo negociados estão seguros.
Assim, as instituições precisam lidar com novas ameaças cibernéticas como ataques DDoS, malware, e ransomware. Confira, abaixo, algumas frentes de segurança citadas pelo Open Banking Brasil que devem estar no radar das instituições financeiras:
A segurança cibernética é uma preocupação fundamental para as empresas que usam o sistema Open Finance.
Assim, investir em medidas nesse aspecto é crucial para garantir que os usuários do sistema sejam protegidos contra ameaças, incluindo vírus, malwares, roubo de informações e ataques de phishing.
Para garantir a segurança do sistema, as empresas devem implementar medidas tais como a criptografia de dados, o uso de firewalls e o uso de mecanismos de autenticação forte.
Além disso, as empresas devem treinar seus funcionários para que eles entendam como identificar e reagir a ameaças cibernéticas, bem como manter um monitoramento contínuo para detectar ataques cibernéticos.
Com o objetivo de garantir essa segurança e a confiança no sistema, existem regras rígidas e específicas de responsabilização das instituições financeiras, para evitar vazamentos de dados de usuários e para que elas adotem medidas para garantir uma experiência segura para os seus clientes.
Uma ocorrência muito corriqueira de segurança hoje são os vazamentos e roubos de identidade, que envolvem dados como senhas, dados cadastrais e documentos pessoais.
Quando vazam, esses dados podem ser utilizados para cometer crimes, como solicitar um empréstimo fraudulento, ter acesso a uma conta bancária, entre outros golpes.
Assim, é necessário que os dados pessoais de quem utiliza o sistema, como nome, endereço, número de cartão de crédito, etc., sejam armazenados e processados de maneira segura.
Para garantir a segurança dos dados, é necessário ter um sistema de autenticação forte e confiável, como o uso de certificados digitais, senhas fortes e criptografia de dados. Com esses recursos, os usuários podem ter a certeza de que seus dados estão seguros e protegidos contra acessos não autorizados.
Hoje, os pagamentos estão cada vez mais “invisíveis” e inseridos na rotina do usuário. Em virtude dessa instantaneidade, é preciso estar preparado para um novo crescimento no volume de crimes financeiros relacionados a pagamentos.
No Open Finance, a inteligência artificial se torna ainda mais necessária, pois pode aprender com base em um conjunto de dados e desenvolver uma imagem precisa de um cliente típico e de seu comportamento, além de proteger as transações de pagamentos de ponta-a-ponta.
A segurança em pagamentos digitais é essencial para o sucesso do sistema Open Finance. As empresas devem estar atentas aos riscos e vulnerabilidades associados, pois qualquer falha pode causar prejuízos e comprometer sua reputação.
Como objetivo de atender sua empresa oferecendo inovação digital de ponta a ponta, nós da Qintess desenvolvemos um conjunto de soluções para apoiar as instituições financeiras na adoção do Open Banking.
Assim, atuamos em seis áreas tecnológicas diferentes que cobrem desde o desenvolvimento de aplicações digitais, passando pela segurança cibernética e adaptação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), até a análise avançada de dados para geração de insights para os negócios.
Garanta que a sua operação com o Open Banking seja eficaz, segura e focada na experiência do seu cliente.
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